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Cláudia Lispector, conhecida como Clarice Lispector, nasceu em 10 de dezembro de 1920, na cidade do Rio de Janeiro. Filha de pais judeus que emigraram da Ucrânia, ela se destacou como uma das mais influentes e controversas escritoras da literatura brasileira.

Cláudia Lispector começou a escrever desde jovem, inspirada pelos contos e poemas que lia. Em 1943, publicou seu primeiro romance, "Perecemos no silêncio", que marcou o início de sua carreira literária. No entanto, foi com o romance "A hora que citou" (1958) que Clarice ganhou reconhecimento nacional e internacional.

A obra de Clarice Lispector é marcada por uma linguagem rica, poética e muitas vezes surrealista. Suas histórias exploram temas como a identidade, a existência humana, a sexualidade e a relação entre o indivíduo e o mundo. A escritora sempre se destacou por sua capacidade de questionar a realidade e pela complexidade de seus personagens.

Além dos romances, Clarice também escreveu contos, ensaios e diários. Seus textos são repletos de reflexões profundas e de uma linguagem que muitas vezes desafía o leitor, exigindo dele uma atenção atenta e uma abertura à experiência literária.

Em 1977, Clarice Lispector foi homenageada com o Prêmio Camões, uma das mais importantes distinções literárias da América Latina. No entanto, até o fim de sua vida, a escritora manteve uma relação tensa com a crítica e o público, muitas vezes negando-se a ser categorizada ou rotulada.

Clarice Lispector faleceu em 10 de julho de 1977, em Rio de Janeiro, mas sua obra continua a influenciar gerações de leitores e escritores. Em 2006, a Enciclopedia Itau Cultural dedicou uma edição especial à escritora, reconhecendo seu legado e a importância de sua contribuição para a literatura brasileira.

A biografia de Clarice Lispector, publicada pela Enciclopedia Itau Cultural, oferece uma visão detalhada e completa da vida e da obra da escritora. A edição é um tributo à sua inteligência, sensibilidade e à força de sua escrita, que continua a inspirar e a desafiar até hoje.